Seguindo estratégias da Organização Mundial de Saúde, nas últimas décadas, o diagnóstico da tuberculose tem sido realizado por meio da baciloscopia e da cultura de micobactérias. Mas, nos últimos anos, recomendações para a avaliação de metodologias moleculares capazes de detectar em torno de 132 ext{ bacilos/mL} de escarro vão de encontro à modernização e à agilização do diagnóstico dentro dos algoritmos para controle da tuberculose no país.

Sobre os exames recomendados para o diagnóstico e monitoramento da tuberculose no Brasil, considere as afirmativas a seguir.

• I. A cultura é indicada para casos suspeitos de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa, para o diagnóstico de formas extrapulmonares e para o diagnóstico de tuberculose em pacientes HIV positivos e em crianças. Também está indicada, acompanhada do teste de sensibilidade, nos casos de suspeita de resistência bacteriana aos medicamentos.
• II. A utilização do teste GeneXpert® MTB/RIF para detecção de micobactérias do complexo Mycobacterium tuberculosis em amostras biológicas traz vantagens, como a rapidez e a minimização do risco biológico para a manipulação das amostras. No entanto, em razão da alta sensibilidade, resultados falso-positivos são frequentes por conta de contaminações durante a fase de extração.
• III. O número mínimo de bacilos necessários para produzir um esfregaço para baciloscopia com resultado positivo tem sido estimado entre 100.000 a 500.000 por ext{mL de escarro}, o que acarreta uma grande probabilidade da ocorrência de falso-negativos em pacientes bacilíferos. A sensibilidade do teste é inferior a 30 ext{%} para pacientes não tratados.
• IV. O teste GeneXpert® MTB/RIF consiste na reação de PCR em tempo real heminested com amplificação de um fragmento de 81 ext{ pb} e aplicação de cinco sondas sobrepostas para o gene rpoB, mas é útil somente para a espécie ext{Mycobacterium tuberculosis}. A metodologia detecta também mutações determinantes de resistência.