Questões religiosas não influenciam nas escolhas alimentares. As passagens de textos religiosos que utilizam referências a alimentos são apenas metáforas, que não levam em conta a importâncias dos mesmos ao longo da história.

A alimentação é inicialmente uma necessidade fisiológica básica. No entanto, as nossas escolhas alimentares na sociedade atual sofrem influências de outros determinantes, como os preceitos culturais e religiosos.

Quando escutamos a descrição de alguns pratos típicos de certas regiões, como por exemplo, na Amazônia os macacos assados, e na África do Norte os gafanhotos, podemos sentir certo estranhamento, sem nunca termos experimentado um desses pratos. Isso nos mostra como o paladar é socialmente e culturalmente construído.

Indo além do âmbito de ingerir o alimento e a construção do paladar, o nosso próprio comportamento em relação às refeições, também tem base na história de cada povo ou região de origem. Portanto, não podemos nos basear em nossa realidade para definir um modelo para as refeições.