Na organização do seu texto, João Ubaldo Ribeiro realiza escolhas de palavras e de sinais de pontuação coerentes com as suas intenções na interação com os seus leitores. Sobre os recursos semântico-sintáticos e morfológicos e os sinais de pontuação que dão progressão ao texto, assinale o que for correto.
O título do texto remete o leitor à sequência “Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice?” (l. 30-31).
Em “A oral de latim era particularmente espetacular” (l. 21-22), o autor omite a palavra “prova”, compreendida pelo leitor no uso de “A”, uma vez que há a retomada do explícito em “Havia provas escritas e orais” (l. 18).
A intenção do autor é falar do antigo vestibular de português às novas gerações. Vale-se, pois, de estratégias para manter e progredir essa referência, como: põe em foco o objeto em “Vestibular de verdade” (l. 1); mantém o objeto com a retomada, pela repetição do substantivo, em “O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora” (l. 4-5) e em “O vestibular de Direito a que me submeti” (l. 9).
Em “Não, dessa vez ele não passou” (l. 80), o autor, ao fazer uso do pronome demonstrativo “essa”, remete o leitor ao vestibular em cuja prova de português o candidato conjugou o verbo “for”, situação relatada anteriormente no texto; além disso, retoma − ao mesmo tempo em que remete −, por meio do pronome pessoal do caso reto “ele”, o sujeito “um” (l. 62) que “Não acertou a responder nada” (l. 65), subentendido, nesta oração, na desinência da forma verbal “acertou”.
Em “Mas, se perseverou, deve ter acabado passando” (l. 80-81), o uso das vírgulas se justifica por marcar o início e o término de uma oração subordinada condicional.
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