A variabilidade da linguagem utilizada na obra restringe sua relevância ao tempo e região em que está inserida, tornando impossível para leitores inseridos em contextos sociais diferentes do da obra criticarem e assimilarem o tema proposto, mesmo aqueles que compartilham a língua utilizada no romance.

O uso de recursos semânticos característicos do povo do interior estreita o valor estético da obra e seu valor como arte, uma vez que um texto só pode ser considerado literatura quando se encaixa nas disposições da variante formal do português.

A linguagem utilizada por Guimarães Rosa não é um fator determinante para o reconhecimento da obra e do autor pelo leitor, uma vez que há uma grande porção de escritores que optam por retratar variáveis não valorizadas na língua portuguesa.

Grande Sertão: Veredas é uma obra que não pertence ao cânone literário brasileiro porque é difícil de assimilar e entender a linguagem utilizada, uma vez que muitas palavras são inventadas e não fazem sentido para o leitor.

A linguagem utilizada torna-se uma das características marcantes que permitem ao leitor reconhecer o autor e a obra literária, configurando também a capacidade de múltiplos significados do texto e denotando sua relevância como retrato histórico e social de uma parte do Brasil.