A vida de Lutero foi marcada por uma produção literária de grandes proporções, tendo sido ele o responsável por traduzir a própria Bíblia Sagrada para o Alemão em 1534, um fato inédito, visto que muitos leigos não conseguiam lê-la por não conhecerem o latim.

Na Dieta de Wörms, Lutero reafirmou seus posicionamentos, fez sua autodefesa e a encerrou com os dizeres: “Que Deus me ajude. Amém.” Tendo mantido o ascetismo e o celibato característicos de seu estilo de vida monástico, morreu em Eisleben em 1546.

Lutero foi formalmente excomungado da Igreja em 1521 com a bula “Decet Romanum Pontificem”, expedida por Leão X, em virtude das declarações de sua obra “Sobre a Autoridade Secular”, as quais eram uma afronta direta à autoridade política da Igreja.

Foi necessário que se passassem 15 anos até que os monarcas da Dinamarca, Suécia, Noruega e Transilvânia aderissem todos à reforma e erigissem igrejas luteranas pautadas sobre os princípios fundamentais da justificação pela fé e do sacerdócio universal.

Impossibilitada de forçar Lutero a comparecer em Roma para o seu julgamento, a Igreja presidiu com o consentimento de Frederico III uma reunião (Dieta) em Leipzig, na Alemanha, contando com a presença de representantes do clero e da nobreza, como os Habsburgos.