Assinale a opção que avalia corretamente as proposições sobre o texto a seguir.
– Fala aí, José!
– Fala você, Amadeu!
– Você, não! Tu!
– Como só eu? Fale tu também!
– Nossa Senhora! Fala tu, José! Fala tu! Ou então: Fale você!
– Oxe! Tá doido?! Falo se quiser. E você – ou tu – não me fale de falar o que tu – ou você – quer que eu fale!
– Não me fale você – é assim que se diz, José. Assim: Não me fale você! Ou então: Não me fales tu! Se quiser, aliás, não precisa dizer você ou tu, certo? O verbo já diz no fim.
– Pirou, cara?! Que tanto “tu” e “você” são esses? Virou a doida do cuscuz?
– Doida de quê?
– Tchau mesmo, mané! Vai-te danar!
– Agora falou certo! Mas dane-se você, filho bastardo do português padrão!
I. A confusão verificada no texto se deve ao fato de Amadeu fazer uso, de modo abrupto da função metalinguística.
II. Os erros cometidos por José, e percebidos por Amadeu, dizem respeito à sintaxe de concordância.
III. A expressão “filho bastardo do português padrão” poderia, no caso de ser utilizada por José, converter-se em frase de teor considerado chulo ou pornográfico.
IV. Em todas as ocorrências da fala de José, percebe-se total ausência dos padrões da concordância verbal.
V. Em uma das falas de Amadeu, ele aconselha a elipse do pronome sujeito.
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