Sob o ponto de vista ecológico, a ocorrência da vegetação espontânea (plantas daninhas) nas culturas agrícolas é o resultado da aceleração do processo de sucessão secundária por espécies oportunistas em habitats perturbados pelas práticas de manejo. Embora interferindo na produção agrícola, a vegetação espontânea pode desempenhar funções ecológicas importantes e, dessa forma, o seu manejo, em contraste com a erradicação completa, pode contribuir para a busca da agricultura sustentável. Uma prática de manejo ambiental da vegetação espontânea deve considerar que:
o plantio de culturas de sombreamento ou de cobertura de solo aumenta o poder de competição com a cultura em relação à vegetação espontânea;
o controle com herbicidas específicos garante a permanência das espécies desejáveis, pois não ocorre a substituição por espécies mais resistentes ao produto aplicado;
a aração do solo reduz o crescimento da vegetação espontânea e inibe sua capacidade de ocupar espaço;
o favorecimento da ocorrência da vegetação espontânea pode intensificar o ataque de pragas e patógenos às plantas cultivadas e diminuir a população de alguns insetos benéficos;
em solos de baixa fertilidade a competição da vegetação espontânea é menos eficaz em reduzir a população agrícola do que em solos mais férteis.
Comentários
Ainda não há comentários para esta questão.
Seja o primeiro a comentar!