A banalização do sofrimento, das injustiças e do mal são estratégias que garantem a produtividade da organização do trabalho, sendo, portanto, modos saudáveis de manifestação da violência no trabalho.

As lesões por esforços repetitivos (LER), os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) e os problemas psicossomáticos são patologias de hipersolicitação cuja origem é individual, social e organizacional, sendo particularmente dependentes das prescrições da organização do trabalho.

A servidão voluntária acomete de forma mais intensa gestores do que trabalhadores operacionais.

A patologia da violência caracteriza-se por diversas práticas agressivas do indivíduo contra si mesmo, contra os outros e contra o patrimônio, sendo o vandalismo, a sabotagem, o assédio moral e as tentativas ou concretização de suicídio as formas mais radicais de violência contra si mesmo.

A racionalidade instrumental do trabalho pode levar o trabalhador a ser menos capturado pelas patologias no trabalho, por meio da necessidade de realização e de reconhecimento de elementos nucleares para identidade, da subjetividade e da emancipação.