No século XX, nos ambientes urbanos, os homens passaram a ocupar postos de trabalho financeiramente mais vantajosos que a educação elementar, o que contribuiu para a abertura da educação, sobretudo das crianças, às mulheres.

Um dos argumentos que serviram à abertura das escolas normais às mulheres era o fato de elas serem aptas a cuidar das crianças devido à “vocação materna”; além disso, por ser um trabalho de meio período na escola, elas poderiam compatibilizar os serviços domésticos com a atuação como professoras.

Em 1919 foi criada a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que seria a base para a criação, em 1922, da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que desejava promover a educação as mulheres, o direito ao voto e à escolha profissional.

A ausência das mulheres nos ambientes educacionais e profissionais inspirava discussões públicas, em que a capacidade de aprendizagem feminina era questionada, como na obra A mulher e a sociogenia, de Tito Lívio de Castro, que defendia que o cérebro feminino era infantil e inferior.

Os avanços femininos no direito à educação e ao acesso à instrução pública foram amplamente apoiados pelas iniciativas oficiais do Estado brasileiro.