Leia o poema abaixo, de Paulo Leminski:
O assassino era o escriba
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito Inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome. E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA. Não deu. Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Considere as afirmativas a seguir:
- A narrativa é construída a partir de termos utilizados na análise sintática, o que provoca efeito de humor.
- Em "sujeito inexistente", a expressão, normalmente utilizada na análise sintática, adquire outro sentido, qualificando o professor.
- A compreensão adequada da brincadeira do poeta não exige do leitor o conhecimento em análise sintática.
Está correto o que se afirma em:
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