A partir de meados do século XIX, ocorre afirmação da psicologia como uma ciência empírica e autônoma, e não mais uma parte da filosofia. Isso faz com que haja uma mudança na forma como são abordadas questões como o que é o conhecimento, o que é verdadeiro e como distinguir este do falso. De questões filosóficas que eram, passam a ser consideradas questões científicas. Isso traz consequências para o problema do conhecimento, e para a própria filosofia. Sobre esse contexto, e suas consequências, analise as proposições a seguir:
Para os psicologistas da segunda metade do século XIX, o conhecimento se dá em atos mentais, que variam de sujeito para sujeito. Portanto, a objetividade do conhecimento, defendida pela filosofia, passa a ser profundamente questionada.
Edmund Husserl situa o conhecimento em um campo transcendental, acima da experiência imediata, trabalhando com categorias muito abstratas e distantes da realidade, não permitindo que a psicologia empírica se confunda com a reflexão filosófica.
A Fenomenologia foi iniciada por Kant e recoloca as questões filosóficas em um novo nível de entendimento, partindo da intencionalidade do sujeito entendida como um ato da vontade que impele o sujeito a uma ação.
Husserl retoma o conhecimento não como algo que acontece no sujeito, mas como algo que o sujeito faz acontecer, uma vez que a intenção é um ato e não uma passividade.
Husserl critica o psicologismo, afirmando que ele confunde o ato mental com o objeto de conhecimento: o primeiro é individual e subjetivo, mas o segundo pode ser universal e objetivo, isto é, pode ser o mesmo para diversos sujeitos. Isso recupera a possibilidade do conhecimento ser objetivo.
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