O maior legado da arquitetura grega foi a concepção do espaço urbano. A partir da adaptação e da modificação das formas e das técnicas de construção existentes anteriormente, os gregos criaram uma arquitetura fundamentada em sólidos princípios matemáticos que relacionavam medias e proporções.

As proporções dos edifícios gregos foram definidas a partir das medias humanas. Como beleza e perfeição eram atributos dos deuses, os templos que iriam acolher suas imagens deviam exibir estas características.

O templo grego não foi utilizado para o culto – realizado sobre um altar ao ar livre – mas para abrigar a imagem da divindade, e por isso sua estrutura era pequena e simples. Os templos mais modestos seguiram o modelo do pátio miceniano, construído sobre a base de uma única nave (naos) e com um pórtico (pronaos). Posteriormente foi acrescentado um segundo pórtico na parte posterior, que foi chamado opistódomo.

Seguindo as concepções absolutistas e fortemente religiosas que nortearam a construção das cidades mesopotâmicas e egípcias, os gregos desenvolveram um tipo de urbanismo fundamentado na exclusão dos cidadãos na participação da vida pública.