Sobre a classificação e diagnóstico em psicopatologia, podemos dizer que:
As transformações constantes no campo da psiquiatria, uma vez que temos inúmeras versões e revisões tanto do DSM quanto da CID, inviabilizam a validade e a precisão diagnóstica, tornando assim, extremamente difícil encontrar um padrão de comportamento observável útil para uma boa avaliação diagnóstica.
Apesar dos manuais diagnósticos serem instrumentos limitados, a avaliação do paciente depende do binômio instrumento-profissional, que ao mesmo tempo que retira do instrumento o poder de decidir sobre um diagnóstico, transformando o profissional em um aplicador de técnica, oportuniza a humanização da prática profissional, a partir da justa medida entre a escuta subjetiva do outro e os critérios dos manuais.
Os erros ocorridos no diagnóstico derivam da crença médica de que a humanidade é multideterminada, necessitando-se fazer uma avaliação global e holística do sujeito, portanto, apenas os critérios dos manuais seriam suficientes para a boa prática profissional de reconhecimento dos transtornos e julgamento do que é normal ou patológico.
Os sistemas de classificação são muitas vezes instrumentos imprecisos e tendenciosos, que refletem unicamente a visão capitalista da indústria farmacêutica e não oferecem utilidade alguma ao campo da avaliação psicológica.
A imprecisão do diagnóstico psiquiátrico deve-se ao fato de o paciente, alienado de si, trazer inconsistências e devaneios no seu discurso que não podem ser adequadamente avaliados pelos instrumentos médicos e racionalidade científica.
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