A prática interdisciplinar pode acontecer de dois modos distintos. O primeiro é por meio de trajetórias individualizadas, onde um profissional com formação disciplinar específica expande seu horizonte ao incorporar perspectivas de outras áreas, enriquecendo assim sua visão original. O segundo, ocorre por meio de um processo coletivo dentro de equipes multiprofissionais, onde diversos profissionais de diferentes disciplinas colaboram para abordar um problema específico, integrando suas experiências e conhecimentos para encontrar soluções mais abrangentes e completas.

Um dos principais desafios da interdisciplinaridade é encontrar pesquisadores/profissionais que estão abertos ao diálogo, possuem habilidades em suas respectivas áreas de estudo e são capazes de conectar conceitos compartilhados e realizar combinações metodológicas. Eles colaboram entre si na análise dos resultados, promovendo uma abordagem integrada e multifacetada para a compreensão do tema em estudo/atuação.

A mera reunião de indivíduos com diferentes formações, com disposição ao diálogo e marcos referenciais construídos e compartilhados, pode resultar em mais complicações do que soluções para a integração de conhecimentos e abordagens. Isso pode levar a estudos multidisciplinares fragmentados e altos níveis de conflitos entre os profissionais da equipe.

A multidisciplinaridade é uma abordagem considerada limitada, uma vez que perpetua práticas fragmentadas da ciência convencional, mesmo que haja uma incorporação de múltiplas dimensões de um problema.