A inundação era vista com horror pelos camponeses egípcios porque tinha o poder de destruir as suas posses e impedir o trabalho agrícola.

As comunidades camponesas egípcias contavam com um alto grau de desenvolvimento das forças produtivas, fazendo com que a produção agrícola fosse dependente de implementos complexos.

Os principais gêneros agrícolas eram o trigo e a cevada, embora o primeiro fosse produzido em áreas alagas, enquanto a segunda necessitasse de obras de drenagem que só eram possíveis para os camponeses que passavam parte de seus dias produzindo ferramentas.

A corda era o mais fundamental dos equipamentos agrícolas do campesinato egípcio, já que ela era utilizada no processo de irrigação das terras com base na força animal, com o atrelamento de bois a grandes cestas que transportavam as águas da cheia para os campos.

A produção era baseada em uma agricultura de cheia, que alagava as terras às margens do Nilo. A fertilidade das terras alagadas era tão grande que os camponeses podiam trabalhar com instrumentos rudimentares produzidos por eles mesmos a partir do tripé corda-madeira-pedra.