Joel Birman, em seu artigo A biopolítica na genealogia da psicanálise: da salvação à cura, aponta um duplo movimento crítico no discurso freudiano. Expressa o relatado pelo autor:
o conceito de traço psíquico de Freud, realizou a crítica da “lesão” das perturbações mentais, promovendo uma conciliação com a teoria da localização anatômica dominante da tradição psiquiátrica do século XIX, enquanto o conceito de sexualidade perverso-polimorfa assumiu, no discurso freudiano, a posição epistemológica decisiva para fundamentar a biologia eugênica da degenerescência.
o conceito de traço psíquico de Freud, realizou a crítica da “lesão” das perturbações mentais, promovendo uma ruptura crucial com a teoria da localização anatômica dominante da tradição psiquiátrica do século XIX, enquanto o conceito de sexualidade perverso-polimorfa assumiu, no discurso freudiano, a posição epistemológica decisiva de substituir a biologia eugênica da degenerescência.
o conceito de traço psíquico e da sexualidade perverso-polimorfa assumiu, no discurso freudiano a posição revolucionária na epistemologia da ciência, capaz de sustentar de forma inequívoca, a tradição psiquiátrica vigente e a teoria da degenerescência.
o conceito de traço psíquico como sendo uma lesão anatômica e a sexualidade perverso-polimorfa como uma teoria biológica da degeneração, elaboradas no discurso freudiano traduzem conceitualmente uma posição revolucionária na epistemologia da ciência e na genealogia da psicanálise.
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