Leia o texto a seguir. A descartabilidade das mercadorias e pessoas: consumo, obsolescência e relacionamentos humanos. Recentemente, circulou pelas redes sociais digitais uma pequena história na qual um casal de idosos, juntos há décadas, é interrogado sobre o segredo de se manter um relacionamento tão longo; respondem que na época em que se casaram não se costumava jogar fora um aparelho quebrado, mas se buscava consertá-lo e, assim, seguia-se a vida por muitos anos com os mesmos equipamentos. O casal estava dizendo, em outras palavras, que a longevidade de seu relacionamento se baseava na capacidade de “consertar” as fissuras da relação em vez de descartá-la quando os problemas aparecem. Os relacionamentos, assim como as mercadorias, passam por um período de intensa descartabilidade. O cientista social polonês Zygmunt Bauman já apontou a íntima relação entre as práticas de consumo contemporâneas e a fragilidade.
A descartabilidade das mercadorias e das pessoas é uma característica da sociedade contemporânea.
A história do casal de idosos ilustra a ideia de que a longevidade dos relacionamentos depende da capacidade de consertar as fissuras da relação.
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