O mito e o rito, escreveu Lévi-Strauss, não são lendas nem fabulações, mas uma organização da realidade a partir da experiência sensível enquanto tal. Para explicar a composição de um mito, esse autor recorre a uma atividade que existe em nosso meio, embora o termo que a represente - bricolage - venha do francês. O bricoleur, ou seja, quem pratica a bricolage, produz um objeto novo a partir de pedaços e fragmentos de outros objetos. Do mesmo modo, diz Lévi-Strauss, o pensamento mítico reúne experiências, narrativas, relatos até compor um mito geral. Juntas, essas matérias heterogêneas produzem a explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções, suas finalidades, a relação entre poderes divinos, natureza e seres humanos. Desse modo, para Lévi-Strauss, o mito possui três características principais:
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