A/O psicóloga/o deve priorizar a adequação das condições do ambiente e da organização dos processos de trabalho ao trabalhador, e não o contrário.

Atuando no âmbito público, as/os profissionais da área de Saúde do Trabalhador no SUS estão inseridos em um dos polos do conflito entre capital e trabalho. Eles são representantes do Estado e, enquanto tais, têm o dever de proteger o lado que prioriza a produção e o lucro dessa relação.

Não há necessidade de se investir na formação profissional que contemple a relação entre trabalho e saúde mental, posto que ao deixar de considerar esse aspecto, a/o psicóloga/o não se tornar conivente com situações de “exploração, violência, crueldade e opressão”.

Deve-se lembrar que a/o psicóloga/o contratada/o por uma empresa está, em geral, subordinada/o a ela e, por isso, pode não ter dificuldades no enfrentamento das questões relacionadas à saúde dos trabalhadores.

Quando convocada/o a emitir laudos e pareceres ou a depor em juízo, a/o psicóloga/o não precisa reconhecer a relação entre o problema de saúde mental e o trabalho e nem, tampouco, se orientar pelo Código de Ética Profissional e pelas resoluções do Conselho Federal de Psicologia, elaborando o seu laudo/parecer com fundamentação e qualidade técnica.