A corrente original usada pelos pesquisadores é descrita como uma corrente alternada, simétrica, com pulsos sinusoidais ou retangulares, de 1.500 ext{ Hz} de frequência (média frequência), que era modulada por burst a cada 20 ext{ ms}, fornecendo 100 ext{ bursts} por segundo.

Embora seja uma corrente de média frequência, os nervos são estimulados, pois ela é interrompida para produzir uma estimulação de alta frequência de 200 ext{ Hz}. Os seus pulsos curtos (de fase de 0,2 ext{ ms}) fazem com que a corrente passe com mais dificuldade através da pele, dificultando a estimulação de nervos motores de forma efetiva.

A escolha de um ciclo de trabalho de 80 ext{%}, ou seja, 16 ext{ ms} de corrente e 16 ext{ ms} sem corrente, aconteceu decorrente de observarem pouca diferença no torque máximo induzido eletricamente entre a variação contínua, porém com um ciclo de 80 ext{%}, pouca energia é fornecida e, portanto, há menos risco de danos teciduais. Atualmente, o ciclo de trabalho dos aparelhos não é fixo em 80 ext{%} e podem ser modulados pelo fisioterapeuta.

O nome de corrente Russa tornou-se popular pelo fato de atletas russos utilizarem a corrente para treinamento, porém é comum encontrar na literatura mais atual a descrição de “corrente alternada modulada em burst”, ou sua sigla BMAC (com descrição do propósito de utilização), originária do termo em inglês: burst modulated alternating current.

Diferentes modelos de aparelhos de diferentes marcas estão no mercado atualmente, encontramos a corrente Russa em aparelhos únicos, não tendo como opção, no mesmo aparelho, outras correntes.