Escrever é um processo estratégico, pois inscreve o sujeito num universo paradigmático e uma vez inserido nesse contexto, não faz diferença se a escrita é utilizada na escola ou se é utilizada em outros contextos comunicativos.

A diferença não é tão perceptível, pois na escola os estudantes trocam mensagens escritas e, em geral, a escrita na escola é uma escrita mais livre e menos estratégica e a escrita fora da escola é voltada para uma comunicação mais restrita e com mais controle.

A linguagem escrita serve para fazer muitas coisas, como, por exemplo, realizar atividades escolares, que são atividades amplas e de difícil compreensão e sem preocupações metalinguísticas, já o uso social, fora da escola, as pessoas em geral, não precisam se preocupar com a escrita correta das palavras.

O uso que se faz da linguagem na escola difere do uso cotidiano fora dela. Podemos fazer uso social da linguagem para exigências cotidianas, pedir, informar, trocar experiências, entre tantas possibilidades. Por sua vez, na escola, o uso em geral é feito a partir de atividades estratégicas e didaticamente adaptadas, muitas vezes retiradas de seus contextos, mas com o intuito de tornar o uso da linguagem, em especial da linguagem escrita, mais consciente.