Ao eclodir a Revolução Russa, os formalistas tiveram que se retirar do país e, com isso, seus estudos passaram a ser conhecidos em outros países; num segundo momento, com a ascensão de Stalin ao poder, os formalistas retornaram à Rússia para contribuir com a propaganda do governo soviético.

Em um primeiro momento, durante o período da Revolução Russa, os formalistas desconsideraram toda a forma de influência política e científica em seus estudos literários; já na segunda fase, com Stalin no poder, os formalistas foram obrigados a aceitar uma orientação de cunho mais científico na crítica literária.

A primeira fase, concomitante à Revolução Russa, o formalismo estava em consonância com as mudanças no país e com a interpretação científica da realidade; a segunda fase, com a ascensão de Stalin, houve uma polarização entre uma abordagem mais sociológica e as premissas da abordagem mais científica.

A primeira fase do formalismo russo ocorreu num período pré-revolucionário quando havia maior liberdade de expressão dentro da Rússia; já na segunda fase, com tomada de poder por Stalin, os formalistas tiveram que deixar o país e, dessa forma, seus estudos foram interrompidos.

Os formalistas russos sempre mantiveram uma postura neutra em relação às mudanças políticas e sociais do país, sem se envolver em questões de propaganda ou crítica literária.