Apesar da perseguição aos opositores, os governos militares caracterizaram-se pela implementação de uma política econômica austera que garantiu o equilíbrio das finanças públicas e ampliou a inserção do país no comércio internacional.

A ditadura chegou ao fim em 1983 devido aos graves incidentes que envolveram setores das Forças Armadas favoráveis ao movimento das Mães da Praça de Maio e se tornaram os principais patrocinadores da abertura do regime e da redemocratização.

A contestação das Mães da Praça de Maio provocou a imediata derrocada do regime militar, em virtude da ampla rede de solidariedade internacional criada em torno da questão da tortura e da falta de garantias jurídicas aos presos políticos do país.

Ao contrário de outros regimes de exceção do mesmo período, a ditadura argentina caracterizou-se pela articulação entre o poder executivo exercido pelos militares e a representação parlamentar que conferiu uma aparência de liberdade política ao país.

A ditadura caracterizou-se pelo desrespeito aos direitos humanos denunciado pelas Mães da Praça de Maio, pelo controle do executivo pelas Forças Armadas e por uma política externa que conduziu o país a uma guerra contra a Inglaterra em 1982.