A desagregação do regime escravocrata e senhorial operou-se, no Brasil, sem que se cercasse a destituição dos antigos agentes de trabalho escravo de assistência e garantias que os protegessem na transição para o sistema de trabalho livre. Os senhores foram eximidos da responsabilidade pela manutenção e segurança dos libertos, sem que o estado, a igreja ou outra qualquer instituição assumissem encargos especiais para prepará-los para o novo regime de organização da vida e do trabalho.
O abandono e o descuido para com esse grupo étnico, descrito por Florestan Fernandes, podem ser apontados nos dias atuais como responsáveis:
pelo baixo índice de escolaridade, preconceito e exclusão social do negro no Brasil.
pelo aumento do sentimento de pertencimento nacional dos grupos afrodescendentes.
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