A região entre marés constitui um dos biótopos marinhos de mais fácil acesso:
I – Os primeiros povoamentos marinhos que surgem logo a seguir ao domínio terrestre constituem um biótopo particular e formam o andar supralitoral. Os organismos que aí encontramos estão sujeitos a uma emersão praticamente contínua apenas sendo imersos nas marés vivas equinociais.
II – A extensão horizontal deste andar varia naturalmente em função da exposição da costa à intensidade hidrodinâmica e da amplitude da maré. Os povoamentos do andar supralitoral apresentam uma relativa deformidade fisionômica a nível mundial. São espécies características da biocenose da rocha supralitoral o gastrópode Melaraphes neritoides, o crustáceo isópode Ligia oceanica e o líquen Verrucaria maura.
III – O seu limite inferior é indicado pelo aparecimento de povoamentos distintos, sobretudo representados pelo cirrípede Chthamalus stellatus, embora por vezes se assista a uma zona de sobreposição dos elementos correspondentes a cada um dos andares. Nos locais mais calmos observa-se o aparecimento do líquen Verrucaria maura.
IV – Característico também deste andar é o crustáceo isópode Ligia oceanica, que pode ser encontrado em quantidades elevadas em fissuras das rochas, pequenas concavidades ou tetos de grutas. A captura destes isópodes torna-se por vezes fácil, uma vez que estes se abrigam nas zonas em que a umidade é retida durante mais tempo (fissuras e anfractuosidades rochosas) nos períodos em que a temperatura do ar é menor.
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