Paciente do sexo feminino, 58 anos, viúva, aposentada, dá entrada no Pronto-Socorro com déficit neurológico focal (hemiparesia esquerda), que melhorou espontaneamente antes da admissão. Após investigação, foi diagnosticada com o acidente isquêmico transitório. O médico que a internou pediu parecer do psiquiatra, já que a paciente insistia em retornar a sua residência o mais rápido possível, porque estava sendo furtada dentro de sua casa e precisava tomar conta de seus objetos pessoais. Questionando a filha, que não morava com ela, esta disse que a mãe falava isso há muito tempo, desde o falecimento do esposo, há cerca de dez anos. A filha tinha certeza que não havia furtos na casa da mãe, mas não discutia mais esse assunto porque a mãe não se convencia do contrário, apesar de toda a contestação. A mãe insistia que objetos sem valor desapareciam, como luminárias, utensílios de cozinha, etc. e o motivo deste ocorrido era que estava sendo alvo de delinquentes que a perseguiam. A filha e a paciente negaram alucinações ou alterações do humor. O médico descartou causa orgânica que justificasse os sintomas psiquiátricos. Podemos afirmar que o diagnóstico do caso acima é de: