O instrumental teórico-técnico dos grupos é composto por conhecimento de teorias oriundas de outras áreas do conhecimento. Áreas como a sociologia, filosofia, economia, psicologia, entre outras, contribuem para o entendimento do funcionamento dos grupos. Destaca-se como valiosas ferramentas para compreender o manejo dos grupos as concepções sobre fenômenos de transferências, setting terapêutico, estrutura, processo e papel do coordenador; conhecimentos estes provenientes da filosofia.

Os aspectos técnicos envolvidos no manejo de um grupo de terapia ocupacional envolvem a atenção do terapeuta ocupacional à dinâmica do grupo que é determinada pelas relações dos participantes entre si e pela relação que os participantes estabelecem com a atividade. Já as intervenções realizadas pelo profissional na coordenação do processo terapêutico não interferem diretamente na relação dos participantes com ele, uma vez que esse não é o objetivo primordial.

Para a constituição do grupo, o coordenador deve considerar aspectos como o critério de seleção dos participantes, as características estruturais, o ambiente da terapia, os objetivos, o contexto no qual o grupo está inserido e o contrato grupal estabelecido (tempo de atendimento de uma hora, frequência de encontros semanal, preferencialmente vespertino, dentre outros).

Dominar o manejo do grupo é fundamental para que ele seja efetivamente uma ferramenta terapêutica. O manejo grupal compreende os movimentos do coordenador dirigidos ao grupo na direção dos objetivos, a forma de comunicar-se, de colocar-se, de mostra-se atento, compreendendo a importância do fazer e conduzindo ao significado da ação.