A perspectiva médico naturalista trabalha com uma noção de homem centrada no corpo, no ser biológico, como espécie natural e universal. Na perspectiva existencial o doente é visto como ser singular.

Na perspectiva médico naturalista o homem é visto como um conjunto de comportamentos observáveis, que são regulados por estímulos específicos. Na perspectiva existencial o homem é visto como ser determinado por forças inconscientes.

Na perspectiva médico naturalista os transtornos mentais podem ser compreendidos como entidades individualizada, com fronteiras bem definidas. Na perspectiva existencial interessa o conteúdo da vivência, os desejos e temores do indivíduo.

Na perspectiva médico naturalista interessa os aspectos neuroquimícos das doenças e sintomas mentais. Na perspectiva existencial interessa os mecanismos neuronais de determinadas áreas e circuitos cerebrais.

Na perspectiva médico naturalista os sintomas devem ser estudados no contexto eminentemente sociocultural, simbólico e histórico. Na perspectiva existencial os sintomas devem ser estudados na sua dimensão. Haveria então, dimensões, por exemplo, como o espectro esquizofrênico que incluiria desde formas muito graves até formas menos deteriorantes da esquizofrenia.