Sobre este período de transição, mais especificamente a Proclamação da República, pode-se afirmar que:
Se estabelece como um movimento popular, de massa, que aglutina todas as classes populares, desde os assalariados, os escravos libertos, até a elite militar e a classe latifundiária, tal envolvimento de todas as parcelas da sociedade fortaleceu a luta contra a monarquia e contra o modo de produção feudal, abrindo caminho para a industrialização e a democracia.
A tomada do poder por parte de uma elite militar que dispunha do auxílio da classe latifundiária, mas não dispunha do auxílio das classes menos favorecidas, tal situação criou um impasse que só foi resolvido com a proclamação de um governo democrático e participativo que previa a maior atuação dos escravos libertos e dos trabalhadores assalariados.
Foi um golpe militar marcado por um caráter elitista que opunha dois grupos poderosos, de um lado a elite militar, que previa a instauração de um governo centralizado, do outro lado uma elite econômica, latifundiária, que previa um governo aberto no qual as federações, os Estados, tivessem maior autonomia, ambos os grupos excluíam a participação da massa popular.
Foi a proclamação de um governo transitório no qual a elite latifundiária, valendo-se de seu aporte financeiro, conseguiu o apoio das classes trabalhadoras em vista da derrubada da monarquia, o que pôs fim ao período colonial e abriu caminho para o desenvolvimento industrial e a instauração de uma república democrática, bem como para a abolição da escravidão.
Constitui-se como um processo de acordo entre as elites latifundiárias e as elites militares do país contra a família real e a intromissão do governo português nos negócios feitos na colônia, este processo proporcionou o levante popular das classes menos favorecidas, que apoiadas pelas elites, conseguiram derrubar a monarquia e proclamar o estabelecimento da república.
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