No âmbito dos Estudos Culturais, Bolin e Blandy (2003) expressam dúvidas acerca do uso do termo “visual” para descrever a abordagem dos educadores em relação às imagens. Eles argumentam que essa designação é insuficiente, considerando a diversidade de experiências proporcionadas por imagens físicas e virtuais.

A preocupação levantada por Bolin e Blandy reflete uma abordagem mais ampla da cultura visual. Barnard (2001) identifica duas principais correntes nos estudos de cultura visual. Uma delas, mais limitada, concentra-se na dimensão visual e estabelece normas e diretrizes para seus objetos de estudo, como arte, design, expressões faciais, moda, tatuagens, entre outros.

A outra corrente, mais abrangente, considera a cultura como o foco descentralizado de investigação e explora os valores e identidades desconstruídos e comunicados por meio da cultura visual, bem como a natureza conflituosa desse aspecto visual devido aos seus mecanismos de inclusão e exclusão nos processos identitários.

A influência de teóricos como Walter Benjamin, Robert William Ott e outros é notável na forma como abordam a leitura de imagens, enfatizando a importância da percepção ativa, da interpretação pessoal e da relação entre o observador e a obra de arte.