Com a vitória de Atenas na Guerra do Peloponeso (431-401 a.C.), permite que ocorra uma necessidade de reflexão política interna, o que se tornou fator decisivo para a rápida e surpreendente superação da profunda crise que aquela sociedade havia mergulhado.

Os filósofos instituíram na sociedade grega, em especial em Atenas, uma visão sistêmica, atribuindo à mitologia a justificativa necessária para resgatar a identidade grega e ateniense após a derrota na Guerra do Peloponeso (431-401 a.C.), o que foi essencial para a retomada da polis grega no sentido em que é conhecida hoje.

Naquele momento histórico não é rompida a estabilidade da ordem social graças à manutenção do antigo paradigma cosmológico no qual ao homem cabia apenas aceitar o destino de nascer, viver e morrer sob a ordem do inevitável e imutável, desaparecendo o sentido de vivência como mágico círculo natural de ordem fora do qual apenas existia o caos.

A clara consciência do 'espírito grego', que se traduzia como distinção em relação aos demais povos, e a realização da democracia no século anterior, oferecia maior capacidade de superação ao