INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa engana-se quanto às premissas e valores subjacentes ao Renascimento em geral e ao desenho de Da Vinci em particular. Os artistas do Renascimento não compartilhavam de uma visão romântica e idílica do corpo, representando-o como gostariam que fosse. Muito pelo contrário, buscavam exaltar sua beleza e harmonia naturais.

INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa faz uma interpretação equivocada e demasiado literal da imagem, removendo-a de seu contexto de produção, tomando os quatro braços e as pernas da figura da imagem como um indício de seu caráter anômalo e bizarro. Não se trata, contudo, de uma representação do bizarro, mas de um estudo da anatomia humana. A obra consiste na superposição de um mesmo corpo em duas poses distintas.

INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa foge do comando do enunciando, deixando-se levar pela presença de texto escrito junto com a imagem, sem perceber que a constatação da sua presença não satisfaz o que se pede. Embora componha, sem dúvida, o conjunto da obra, a presença do texto escrito não é o elemento que faz dela “um testemunho das transformações então em curso na arte e na mentalidade”. Afinal, legendas e anotações marginais eram recorrentes na arte medieval.

INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa reconhece corretamente que o Renascimento leva a cabo uma ruptura parcial em relação aos valores da Idade Média. Contudo, engane-se ao afirmar que essa tenha sido uma ruptura absoluta. A despeito da centralidade adquirida pelo ser humano, os pensadores e artistas do Renascimento continuavam, em larga medida, enredados nos valores da tradição cristã. Não por acaso, viam o corpo humano como a obra perfeita de Deus, criado à sua imagem e semelhança, o que não constitui uma visão laica.

CORRETA. O Homem Vitruviano consiste em um testemunho das transformações culturais e mentais em curso durante o Renascimento, na medida em que expressa a crescente importância adquirida pelo ser humano e seu corpo. O estudo de da Vinci manifesta essa postura antropocêntrica, pois toma o corpo humano como seu objeto, esforçando-se para exaltar sua beleza, harmonia e proporções naturais.