Os tempos da escola são apenas parte da experiência rítmico-temporal dos professores, alunos e demais sujeitos que lá atuam, experiência esta que transcende o ensino e a aprendizagem, mas que, ao mesmo tempo, dá o tom e o ritmo para a organização da educação.

Os tempos na escola são determinados legalmente e, portanto, professores e pedagogos não podem fazer quase nada para alterá-los, mesmo porque os alunos e familiares já estão acostumados a uma forma de organização do tempo padrão.

Os tempos de ensinar e de aprender são os mesmos, logo, os alunos que têm dificuldades de acompanhamento do ritmo do ensino devem estar com dificuldades de adaptação à forma escolar e, como tal, devem ser reavaliados com vistas a serem inseridos em turmas/cursos mais adequados ao seu ritmo.

Os tempos de trabalho e de lazer têm de ser muito bem definidos e delimitados na escola, de sorte a se evitar que os alunos se confundam e percam a noção de disciplina necessária ao processo educativo.

A distribuição dos conteúdos nos tempos escolares é um processo constituído histórica e padronizadamente em nível nacional, portanto as escolas e docentes devem adaptar os seus ritmos de trabalho de forma a cumprirem as metas de transmissão dos conteúdos definidas a priori.