Ao executar um salto vertical, como ao saltar para pegar uma bola ou lançar uma bola de basquete, o atleta se agacha um pouco antes de saltar, alongando excentricamente quadríceps, flexores plantares e glúteos. Em seguida, o atleta rapidamente começa a estender concentricamente os joelhos e os quadris e impulsiona o corpo para cima por meio da flexão plantar dos tornozelos. Esse intervalo entre uma fase e outra é denominado fase de amortização.
A fase de transição entre as fases excêntrica e concêntrica deve ser realizada da forma mais rápida possível para atingir o objetivo da pliometria, o que pode ser justificado pelo(s) seguinte(s) mecanismo(s) fisiológico(s):
I. Os fusos musculares são receptores sensíveis à velocidade do estiramento muscular da fase excêntrica, o que determinará a resposta reflexa que incrementará a fase concêntrica.
II. A energia elástica armazenada nos elementos contráteis, em paralelo e em série na fase excêntrica, é potencializada com a maior velocidade do movimento.
III. Em adição ao fenômeno puramente elástico, o pré-estiramento tende também a causar uma melhor eficiência na mobilização da energia metabólica pelo componente contrátil.
IV. A fase excêntrica realizada com maior velocidade potencializa o relaxamento reflexo do músculo, o que na fase de transição favorecerá a fase concêntrica.
V. O estiramento rápido da musculatura na fase concêntrica é o fator determinante para gerar maior potência muscular no treinamento pliométrico.
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