O poema saudosista do poeta Gonçalves Dias, no século XIX, se refere a uma característica geográfica marcante de parte do território maranhense, coberto por extensas matas de palmeirais. Na atualidade, essa paisagem tem sofrido profundas modificações em razão da
devastação dos palmeirais para o estabelecimento de campos para a criação de bovinos, na lógica da produção agropecuária do capitalismo contemporâneo.
ocupação das áreas de florestas de babaçuais por pequenos produtores para a criação de animais domésticos e plantio de roças de subsistência, provocando alterações climáticas que afetam as palmeiras.
exploração desordenada das palmeiras de babaçu para extração da amêndoa a fim de atender o mercado capitalista de produção de oleaginosa e demais derivados do fruto dessa planta nativa do Sul do Maranhão.
contaminação do solo pela atividade agrícola de produção de arroz no cerrado maranhense, realizada pelas comunidades camponesas com uso de agrotóxicos e de maquinário que destroem os palmeirais.
formação de grandes propriedades agrícolas de imigrantes nordestinos, retirantes da seca, os quais destroem os palmeirais para a produção de eucalipto na região conhecida como Cocais Maranhenses.
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