Riechi, Moura-Ribeiro e Ciasca (2011, p. 495) fizeram uma pesquisa sobre o nascimento prematuro, tendo em vista o desenvolvimento infantil, a neuropsicologia e a cognição. Para tanto, participaram da pesquisa 120 sujeitos (crianças/adolescentes), sendo que parte deles nasceu prematura (Grupo Propósito - GP) e outra parte nasceu dentro do tempo considerado normal (Grupo Controle - GC).

I- Os bebês nascidos antes da 37ª semana de gestação são pequenos, frágeis e vulneráveis a problemas de saúde e desenvolvimento. A prematuridade é a principal causa de morte neonatal no Brasil. Dos que sobrevivem, o risco de problemas aumenta com o grau de prematuridade.

II- Como eles não tiveram tempo total de crescimento e desenvolvimento dentro do útero, requerem, inicialmente, atendimento médico especializado em uma unidade de terapia intensiva neonatal para garantir sua segurança e para ajudar a prevenir complicações.

III- Os serviços de cuidados médicos, neurofisiológicos e neuropsicológicos nada podem contribuir para a condição de saúde das crianças prematuras. Nem mesmo intervenções precoces podem melhorar suas condições. Nenhum serviço de saúde consegue minimizar os efeitos negativos cognitivo-comportamentais na vida adulta das crianças prematuras.

IV- As primeiras áreas de dificuldade para o bebê prematuro incluem função respiratória, função imunológica, capacidade de regular a temperatura corporal, problemas de alimentação e crescimento, problemas gastrointestinais, anemia, icterícia, problemas cardiovasculares, hemorragia intracraniana, leucomalácia periventricular, síndrome de morte súbita infantil, problemas oftalmológicos e deficiência auditiva.

V- À medida que envelhecem, as crianças que nasceram prematuramente podem continuar enfrentando dificuldades com condições como apneia, doença pulmonar, deficiência auditiva e visual, defeitos da função motora, atraso no desenvolvimento, dificuldades de aprendizagem, déficits de atenção, defeitos de funcionamento adaptativo e defeitos da função executiva.