As enzimas hepáticas avaliam a função renal. Sempre que houver aumento na atividade de Alanina Aminotransferase (ALT), presente nos hepatócitos e músculos esqueléticos, e Aspartato Aminotransferase (AST), enzima hepatoespecífica, pode-se afirmar que o animal apresenta grave disfunção hepática.

O tratamento com fenobarbital para animais que apresentem epilepsia pode causar aumento nas concentrações de (ALT) e Fosfatase alcalina (FA). Em animais com diagnóstico de cirrose e que apresentem encefalopatia hepática, além do manejo alimentar, o fenobarbital é o fármaco de escolha para o controle das convulsões.

A anorexia persistente e perda abrupta de peso são sinais de lipidose hepática. São mais frequentes em gatos com sobrepeso que passam por um período prolongado de inapetência, às vezes em decorrência de um evento estressante. O diagnóstico é baseado em dados obtidos no histórico, exame clínico, exames complementares e principalmente nos achados histopatológicos de biópsia hepática.

O maior sucesso no tratamento dos animais é obtido com suporte nutricional agressivo. O uso de medicamentos estimulantes de apetite sempre é indicado, em particular o diazepam, que só deve ser empregado após o controle do vômito.

Em gatos, a colangite neutrofílica comumente está associada com doença inflamatória intestinal e diabetes, classicamente classificada como tríade felina. Dentre os diferentes protocolos de tratamento, o ácido ursodesoxicólico (Ursacol®) apresenta atividade hepatoprotetora (efeitos anti-inflamatórios, imunomoduladores e antifibróticos), devendo assim ser usado em todos os animais, mesmo naqueles com obstrução biliar.