A escolha do sistema de cruzamento vai depender de diversos fatores, tais como: ambiente; exigência de mercado; mão-de-obra disponível; nível gerencial; sistema de produção; viabilidade de uso da inseminação artificial; objetivo do empreendimento; número de vacas; e do número e tamanho dos pastos. Tecnicamente, um sistema de cruzamento ideal deveria preencher os sequintes requisitos:
- a) permitir que as fêmeas de reposição sejam produzidas no próprio sistema;
- b) possibilitar o uso de fêmeas mestiças;
- c) explorar efetivamente a heterose;
- d) não interferir com a seleção;
- e) possibilitar que tanto machos quanto fêmeas sejam adaptadas ao ambiente onde eles e suas progênies serão criados.
É importante salientar que nenhum sistema ou tipo de cruzamento é adequado para todos os rebanhos ou sistemas de produção. Basicamente os cruzamentos podem ser classificados em:
- a) Sistema de Cruzamento Simples;
- b) Cruzamento Contínuo;
- c) Cruzamento rotacionado ou alternado contínuo.
Cada um destes sistemas de cruzamento pode apresentar variações. A dificuldade de se implantar um bom programa de inseminação artificial nas propriedades induziu os produtores ao uso de touros F1, como uma estratégia de monta natural, haja visto, a grande dificuldade de adaptação dos touros puros de raças européias às condições tropicais. Este caso se enquadra tanto no cruzamento simples como no rotacionado. Em qualquer situação onde se busca a melhoria genética, a avaliação correta dos indivíduos a serem utilizados como reprodutores é de extrema importância para garantir o sucesso do empreendimento. O uso de touros F1 promoverá menor nível de heterozigose que aqueles obtidos com reprodutores puros. O cruzamento terminal (industrial) também é outro sistema de acasalamento que se enquadra tanto no cruzamento simples quanto no rotacionado e permite grande flexibilidade na escolha da raça terminal, o que garante rápidos ajustes à demanda de mercado.
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