Qualquer que seja a modalidade esportiva, o objetivo central é sempre o mesmo: superar os limites do homem. Considerando a biomecânica como uma área de conhecimento fortemente envolvida na identificação de parâmetros mecânicos capazes de influenciar o rendimento esportivo e a melhora da qualidade de vida, pode-se afirmar que:
Tão nociva quanto a sobrecarga gerada pela execução de uma atividade mal planejada e/ou implementada é a sua ausência. Assim como a sobrecarga mecânica é capaz de causar lesões, a ausência ou aplicação insuficiente de cargas mecânicas é capaz de debilitar, de forma significativa, o desempenho mecânico de importantes estruturas do aparelho locomotor como os ossos e as articulações, porém não afeta os músculos envolvidos no movimento.
A biomecânica é uma ferramenta indispensável no planejamento e implementação de programas de atividades físicas voltados à promoção da saúde. Aliada às demais disciplinas que compõem o corpo de conhecimento da Educação Física, fornece subsídios para que o professor possa buscar estratégias que permitam selecionar os movimentos mais adequados e seguros, embora não esteja diretamente associada ao desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas.
A somatória das cargas geradas pelo movimento não tem relação causal com as lesões degenerativas que acometem o aparelho locomotor. Dessa forma, informações acerca das solicitações mecânicas geradas pela somatória das forças aplicadas ao aparelho locomotor podem ser de extrema utilidade para os profissionais da Educação Física e do Esporte.
É importante observar que os subsídios biomecânicos que respaldam a elaboração de estratégias voltadas à maximização do rendimento esportivo não serão igualmente úteis ou fundamentais no planejamento e implementação de atividades voltadas à promoção da saúde.
As cargas mecânicas geradas pelo movimento humano devem ser encaradas como um estímulo necessário ao desenvolvimento e manutenção das estruturas biológicas que dão suporte ao movimento humano. E, como tal, devem ser cuidadosamente controladas para que não atinjam magnitudes excessivas a ponto de causar lesões nessas estruturas, tampouco sejam insuficientes a ponto de impedir a manutenção ou desenvolvimento de suas funções.
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