Inicialmente, a roda servia para receber doações. As pessoas depositavam seus donativos às freiras enclausuradas e tocavam o sino. A irmã encarregada de girar a roda recebia as dádivas. Posteriormente, o sino passou a ser tocado para receber bebês enjeitados.

A roda foi criada com o intuito de receber apenas crianças doentes, mas devido ao alto número de mortalidade infantil as instituições se viram obrigadas a receber as crianças que cujo as mães não tinham condições financeiras de criar.

Inicialmente a roda foi criada para atender a alta burguesia. Tinha como intuito proteger a honra de famílias abastadas, recebendo os filhos de moças que engravidavam antes do casamento. Assim, a família deixava a criança juntamente com uma grande quantia de donativos.

A roda era uma opção humilhante em comparação à outra, que seria abandonar a criança em monturos, nas florestas, onde seriam mortas, ou então vendidas aos traficantes piratas. O fato é que o abandono era a forma mais segura para não ser descoberto e sofrer as consequências da humilhação e desonra.