Seu surgimento deu-se no âmbito da Igreja Católica pós-Concílio Vaticano II, e alcançou sua maior força na América Latina, onde serviu também de importante orientação para as chamadas Comunidades Eclesiais de Base.

Segundo os teólogos do movimento, o processo cristão de salvação do homem assume inelutavelmente, em especial nos países marcados pela pobreza social, um caráter de libertação política e econômica, com o qual a Igreja deve se comprometer.

Entre as condições históricas que deram origem ao movimento esteve a consciência de religiosos latino-americanos quanto a marcantes diferenças entre o papel da Igreja Católica na Europa e o papel na América Latina.

A recente eleição de Bento XVI significou o fortalecimento do movimento junto à Cúria romana, visto que o antigo cardeal J. Ratzinger sempre fora um veemente defensor da interpretação teológica proposta por religiosos como L. Boff.

A posição de Roma frente ao movimento é a de reconhecer a importância do compromisso da Igreja com os pobres, mas a de não aceitar os postulados de origem marxista ou de outras ideologias políticas de esquerda defendidos por esses teólogos.