O papado de Leão X ficou conhecido por sua leviandade e esbanjamento em busca do hedonismo e foi marcado pela construção de uma nova Basílica de São Pedro, a qual exigia uma grande quantia de dinheiro. Por isso, foi iniciada uma venda de indulgências sem precedentes, e Tetzel foi o mais famoso coletor de rendas de indulgência nesse período.

Em 1515, Leão X lançou uma bula papal ordenando o envio de grandes persuasores para várias regiões da Europa para coletar ofertas de indulgência. Nesse contexto, o perdão dos pecados era ofertado por um clérigo apenas para casos muito restritos, o que escandalizou Tetzel, pois o intento do frade era vender indulgências com restrições menores.

Leão X era altamente comprometido com o desenvolvimento da cultura renascentista. Em sua procissão pelas ruas de Roma na qual assumia o pontificado, estendeu uma grande faixa na qual se referia metaforicamente aos papas Alexandre VI e Júlio II por meio de deidades greco-romanas. Tetzel era um opositor do caráter mundano e pagão da postura do Papa.

Leão X instituiu novamente a prática até então abandonada da liberação de indulgências para permitir com que a população tirasse algum ancestral do purgatório. Seu objetivo fora o de arrecadar fundos para a construção de uma nova Basílica de São Pedro, e Tetzel foi o frade responsável por implantar a “teologia do medo” como forma de coerção.

Leão X incentivou o clero a empregar recursos dramáticos e peças teatrais como ferramentas para convencer as multidões a comprarem indulgências, nas quais os personagens eram vistos agonizando no fogo do inferno. Ao descobrir que parte dos ganhos eram direcionados a ricas famílias alemãs, Tetzel insistiu que toda a renda fosse para o clero.