apesar da familiaridade da carta, constam da mesma o local, a data, o vocativo, o fecho e a assinatura, necessários, inclusive, nas comunicações oficiais.

o texto de Murilo não pode constituir redação oficial, entre outros motivos, por não ser formal e impessoal, além de não observar o uso culto da língua.

a intimidade entre emissor e receptor, mesmo nos documentos oficiais, permite a elaboração de textos com informações que podem ser recuperadas fora do mesmo.

como as cartas familiares, as comunicações oficiais podem suscitar duplicidade de interpretações, caso haja familiaridade entre remetente e destinatário.

as únicas diferenças entre a carta de Murilo e um documento oficial são a não-observância ao padrão culto da língua e a falta de impessoalidade.