O Termo Transtorno de Aprendizagem é uma condição clínica específica para se referir às pessoas que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem escolar, independentemente das condições pedagógicas, econômicas, familiares e sociais. Dentre elas, podem ser citadas a Dislexia e a Disortografia.

Enquanto profissional integrante da equipe pedagógica, o fonoaudiólogo pode atuar junto aos professores da Educação Infantil, propondo e orientando atividades a serem realizadas com a turma como forma de estimular aspectos do desenvolvimento nessa faixa, que têm interferência no posterior processo de alfabetização, quais sejam: os aspectos cognitivo, psicomotor e psicolinguístico.

Ao atuar na clínica fonoaudiológica com crianças que têm dificuldades na aprendizagem escolar, o fonoaudiólogo deve incluir, em sua avaliação, os seguintes itens, pelo menos: memória auditiva e visual; habilidades em consciência fonológica, desempenho em linguagem oral, considerando-se todos os seus sistemas e análise do conhecimento da criança acerca de como é estruturado o sistema alfabético (conhecimento de letras, números, frases, palavras e outros).

O número de crianças com Dificuldades de Aprendizagem de origem externa, como condições familiares, pedagógicas e sociais, representa um grande percentual das causas de insucesso escolar, com uma estimativa de 15% de prevalência nas crianças em idade escolar.

A contribuição do fonoaudiólogo educacional se estabelece, dentre outras atribuições, por meio da orientação aos professores acerca dos pressupostos teórico-práticos da aprendizagem escolar; por meio de indicação de atividades a serem desenvolvidas em sala de aula pelo professor como forma de otimizar a aprendizagem e por meio da realização de encontros sistemáticos (em forma de oficina, por exemplo) para discutir com a equipe, as situações preocupantes dos alunos que são apresentadas pelos professores.