O autor demonstra o equívoco existente na historiografia tradicional do que se convencionou chamar-se de “política do café com leite”, resumindo-se em uma mera alternância de presidentes oriundos de Minas Gerais e de São Paulo.

A hegemonia do setor cafeeiro na República Velha eliminou a política de valorização dos preços do café no mercado internacional, formalizada pelo Convênio de Taubaté na época do Império.

A alternância de presidentes mineiros e paulistas ao longo da República Velha, todos fazendeiros de café, agravou, consideravelmente, a crise das lavouras tradicionais no Nordeste brasileiro.

A crise de 1929, iniciada com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, no dia 29 de outubro (Quinta-feira Negra), teve repercussões econômicas no Brasil, mas não alterou o quadro político e social do país.

Também conhecida como “República dos Coronéis”, a República Velha foi dominada desde 1889 por representantes do setor cafeeiro, principalmente do Vale do Paraíba fluminense e paulista.