Na análise da autora, a autoria retórica, que regulava a produção letrada no século XVI, não estava baseada nos valores modernos da psicologia autoral criativa, e sim nos valores tradicionais das artes retóricas. A autora chama atenção para o fato de que no século XVI a produção letrada não era regulada pelas mesmas práticas e valores que se consolidariam na modernidade iluminista, depois do século XVIII. Nós, modernos, partimos do princípio de que todo texto é resultado, e propriedade, da psicologia criativa de um autor, que escreve em função do interesse de ser lido/consumido por um mercado de leitores. Por isso, temos a tendência de considerar o plágio, entendido como apropriação indevida e não referência de propriedade intelectual, como a mais grave violência intelectual. No século XVI, a produção letrada era regida por outras práticas e valores.
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