Bresser Pereira, em “A Folha de São Paulo” de 20 de maio de 1991, a respeito da queda da ministra Zélia Cardoso de Mello, afirmou:
Terminaram os tempos jovens e heróicos de Zélia. Tempos de coragem de enfrentar os interesses, de determinação de cobrar de todos uma parcela de sacrifício, de tenacidade na luta pelos objetivos; mas também tempos de aprendizado, de inabilidade política, de dificuldade de ouvir, de desconhecimento da dinâmica da inflação inercial brasileira. O balanço destes 14 meses foi positivo. Ainda que Zélia Cardoso de Mello e sua equipe tenham sido derrotados pela inflação, que afinal não foi controlada, e pela recessão, que resultou da política ortodoxa, monetarista, inutilmente implantada no Brasil entre maio e dezembro de 1990, o saldo de sua administração é favorável ao país.
Entre as decisões tomadas logo após a posse do Presidente Collor de Mello, a equipe econômica comandada por Zélia resolveu:
I- Realizar uma operação de enxugamento da liquidez da economia através do confisco de ativos.
II- Definir a pré-fixação de salários como forma de indexação.
III- Instituir e permitir operações com cheques ao portador, com o objetivo de proteger o sigilo bancário e a liberdade de movimentação do capital.
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