Os efeitos negativos do uso em massa do transporte motorizado, como os congestionamentos, a poluição atmosférica e a poluição sonora, têm se intensificado nos últimos anos, prejudicando qualidade de vida nas cidades. Em face disso, Silva e Günther (2009) sugerem que os psicólogos do trânsito devem:
I. Estudar os diversos aspectos associados à escolha do modo de transporte, amparando-se na realidade brasileira, com seus matizes sócio-culturais e ambientais diferenciados de outros contextos, analisando possíveis diferenças regionais e sócio-econômicas.
II. Deixar de focar na segurança viária, pois esta questão norteou os trabalhos nos primórdios da psicologia do trânsito, e, agora, os psicólogos deverão oferecer subsídios teóricos e técnicos aos problemas de congestionamento e poluição.
III. Desenvolver pesquisas e intervenções com o objetivo de diminuir o uso do automóvel, uma vez que grande parte da poluição atmosférica é produzida por estes veículos que emitem gases poluentes e partículas em quantidades superiores às industriais.
IV. Buscar conhecer o impacto e as consequências psicológicas da política de redução do uso do automóvel que o Brasil deverá implementar na Década de Ações para a Segurança Viária.
V. Planejar pesquisas e intervenções baseadas em evidências empíricas; por exemplo, conhecer as características dos indivíduos que provavelmente seriam melhores alvos de campanhas que estimulam a adoção de modos de transporte sustentáveis.
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