O gênero madrigal é uma composição poética breve que exprime uma temática fina, terna ou galante, destinado quase sempre a ser musicado. O poema, intitulado “Madrigal”, é baseado em sua própria temática na medida em que usa a comparação como recurso para definir o complexo sentimento amoroso. Para isso, assemelha o amor a dois alimentos vitais: o pão e a água, além de comparar esse sentimento à simplicidade do céu refletido nas pupilas de um cão, o qual não precisa interpretar o que vê.

O aluno que assinala esta alternativa identifica que o poema é composto de dois versos de duas estrofes, inferindo haver uma preocupação formal na composição do poema. Porém, não interpreta devidamente o poema, uma vez que o eu lírico aborda o amor (apesar de ser um sentimento complexo) de modo simples e pessoal, inclusive com uso de primeira pessoa do singular, como pode ser observado no primeiro verso do poema.

O aluno que assinala esta alternativa identifica a referência ao universo na segunda estrofe do poema, acreditando que, por se tratar de um texto literário, esse elemento é ressignificado no poema. Porém, é justamente o fato de o reflexo do céu nos olhos do cão ser algo simples que traz o sentido do poema, representando a ideia de simplicidade do amor.

O aluno que assinala esta alternativa identifica as comparações entre o amor e os alimentos, bem como entre esse sentimento e o reflexo do céu nos olhos de um cão. Porém, ele confunde comparação com metáfora, uma vez que acredita haver comparação implícita, sendo que há explicitamente o uso da conjunção “como” para estabelecer as relações de semelhança.

O aluno que assinala esta alternativa infere que, por se tratar de um poema com rimas, há uso de linguagem rebuscada. Porém, por fazer referência à própria temática, da simplicidade do amor por meio de um madrigal, o eu lírico utiliza uma linguagem extremamente simples e acessível, com comparações explícitas e referências a elementos comuns do cotidiano, como o pão, a água, o céu e um cachorro.