Reduzir os problemas ambientais.
A medida de redução de UCs, proposta pelos parlamentares, revela o quanto setores do governo estão suscetíveis à pressão, influência e lobby de empresários, produtores e proprietários de terras. Esses grupos possuem grande poder econômico e exercem considerável influência política junto a um elevado número de parlamentares, que projetam a legislação (ambiental ou não) de acordo com determinados interesses. Essa medida proposta vai de encontro à tendência mundial de aumento da preocupação com a natureza e com a qualidade ambiental para essa e futuras gerações. Reduzir áreas legalmente protegidas é abrir precedentes para mudanças na legislação ambiental nacional e, consequentemente, expor a Amazônia a processos de degradação e exploração de seus recursos.
As medidas propostas pelos parlamentares refletem a falta de respeito e compromisso com os acordos internacionais de redução da degradação ambiental.
As atividades econômicas que exercem maior pressão sobre a Amazônia são a extração de madeira, a mineração e a atividade agropecuária, atividades ambientalmente insustentáveis, economicamente concentradoras e socialmente prejudiciais (sobretudo para os povos nativos dependentes da floresta). Caso a proposta seja aceita e haja redução das áreas das UCs, haverá uma ampliação dessas atividades, e, consequentemente, aumento da degradação ambiental na região.
A proposta segue pressões de grandes proprietários de terra, que produzem em larga escala utilizando, de forma insustentável, os recursos naturais disponíveis. Dessa forma, não é a agricultura de subsistência que influencia medidas desse tipo.
Nesse caso, não há uma ampliação, mas uma redução preocupante das políticas voltadas para conservação/preservação do meio ambiente.
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